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blog m kiwaïda

08/06/2022

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Dame brodant la bannière © Edmund Leighton (1911) Peinture à l'huile : 98 × 44 cm

Peinture de l'artiste britannique Edmund Leighton. Elle représente une demoiselle sans nom sur les remparts d'un château médiéval, apportant la touche finale à un étendard ou à un fanion portant un aigle noir sur fond d'or. En temps de paix, la femme a emmené ses travaux d'aiguille à la lumière du jour loin de l'agitation du château.

Edmund Blair Leighton (1852-1922) est un peintre anglais, londonien. Son œuvre, scènes de genre inspirées de la Régence anglaise et peintures d'histoire mettant en scène un Moyen Âge onirique et romantique, est marquée par l'influence du préraphaélisme.

Par kiwaïda at 00:00

07/06/2022

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La Pentecôte

1540 / 1560 (Milieu du XVIe siècle)
Île-de-France
Au Louvre : Département des Sculptures du Moyen Age, de la Renaissance et des temps modernes

bas-relief, titre :

 Le Saint Esprit descendant sur la Vierge entourée des apôtres

Par kiwaïda at 01:07

30/05/2022

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Fotografia © Sonia Marques

Menino Jesus Bom Pastor, escultura Indo-portuguesa, do séc. XVII, em marfim.

O Menino Jesus adormecido encontra-se representado sentado, de pernas cruzadas, cabeça apoiada sobre a mão direita, assente sobre cabaça sendo esta a posição iconográfica de Buda na sua Segunda Iluminação. Enverga vestes de pastor esculpidas em ponta de diamante, cingidas na cintura por cordão. Peanha do tipo canónico, com três socalcos. No primeiro, fonte da Vida jorrando água, dando de beber às Ibis, as Aves do Paraíso. No segundo socalco surgem-nos ovelhas a pastar, representando as Almas e na base, Maria Madalena. De ambos os lados encontram-se os dois leões, Guardas do Paraíso.

pastor2.jpg

Fotografia © Sonia Marques

Por quê estava pensando nessa criancinha ?
Porque ele parecia dormindo, ou ele estava ouvindo seu telefone ?
O dormindo acordado, como eu acordado, mas em meus sonhos.
Existem pastoras mulheres ? Pequenos Budas de mulherzinha ?
Pedaços de coisas, pequenas coisas, pequenos pedaços do mundo, pensando...

Pedaço ou bocando ?

O que é Bocado :
1-Porção de qualquer alimento que se pode colocar na boca de uma só vez.
2-Porção que se tira com os dentes. Dentada.
3-Pedaço ou porção de qualquer coisa.
4-Breve intervalo de tempo.
5-Parte do freio que entra na boca do cavalo.

O que é Pedaço :
1-Mulher extremamente bonita e muito gostosa;
2-Lugar pré-determinado e enfatizado por alguém;
3-Fatia, Naco, Porção, Mordida;
4- Quantidade; Qualquer coisa, parte do mundo...

O Pensador é uma das esculturas de bronze mais famosas de Auguste Rodin.
Retrata um homem meditando, parecendo enfrentar um profundo dilema.
No entanto, nunca percebi isso assim.
Antes o simbolismo de um ser humano que pensa, sem pré-conceber,
que está enfrentando dilemas ou algumas preocupações.
Portanto, este pequeno pastor está mais próximo do Buda,
da ideia de que os pensamentos deslizam como água pelas penas de um pato.

Este é um patinho, como a cor do pato azul, com esmeralda e o raio dourado do sol...

Assim pensa o pedacinho de uma mulher, o pedacinho de uma coisa, uma parte do mundo. Desliza nas penas.

Par kiwaïda at 17:08

26/05/2022

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En filigrane (Fotografias © Sónia Marquès)

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* Filigrane est un terme qui dérive du Latin FILUM qui désigne le fil, et GRANUM, le grain.

A origem da filigrana remonta ao terceiro milénio antes de Cristo, na Mesopotâmia. As peças mais antigas datam de 2500 a.C. e foram descobertas nas sepulturas do Ur, no atual Iraque. Outras peças, descobertas na Síria, são de aproximadamente 2100 a.C. Chegou à Europa através das rotas comerciais no mar Mediterrâneo, onde se tornou relativamente popular nas civilizações Grega e Romana. As descobertas mais antigas de joalharia em filigrana foram feitas na atual Itália e estima-se que sejam do séc. XVIII a.C. Foi também durante o Império Romano que teve origem a própria palavra “filigrana”: as descobertas mais antigas foram feitas na atual Itália, e remontam ao séc. XVIII a.C.
No entanto, uma vez que o Médio Oriente era uma encruzilhada de culturas, a filigrana continuou a sua viagem e cruzou fronteiras até à Índia e à China. No extremo Oriente, era usada sobretudo como elemento decorativo e não como joalharia. Encontramos, por exemplo, esculturas revestidas em filigrana, bules, pratos ou caixas.
Claro que a filigrana deste tempo tão remoto não era igual à que conhecemos nos dias de hoje: os padrões eram diferentes, assim como o uso. Mas a semelhança das técnicas utilizadas não deixa espaço para dúvidas - conseguimos identificar estas peças seculares como exemplares de filigrana.

Simples, a forma como diferentes fios finos desenham padrões e são soldados conjuntamente de maneira a criar uma peça muito maior. Nenhuma outra arte de joalharia usa uma técnica de fusão semelhante para juntar fios de ouro. Hoje - como há milhares de anos - os diferentes fios que compõem cada peça unem-se apenas pelo calor, sem recorrer a nenhum outro material ou liga. Podemos ainda dizer que não há nenhuma outra técnica de ourivesaria em que se utilize tão poucos metais para criar formas tão grandes e tão extraordinárias. Em alguns corações em filigrana, por exemplo, metade da “superfície” da peça pode ser ar!

A Filigrana na Península Ibérica

As peças mais antigas em filigrana descobertas na Península Ibérica remontam a 2000 - 2500 a.C., mas a sua origem não é clara. Possivelmente, estas peças pertenciam a comerciantes ou navegadores oriundos do Médio Oriente e não foram fabricadas aqui.
Só durante o domínio dos romanos, durante o séc. II a.C., começou a existir na Península exploração mineira - por curiosidade, foi neste período que se começaram a explorar as minas das serras da Pia e de Banja, em Gondomar.
Mas apenas milhares de anos depois, no séc. VIII d.C., conseguimos assegurar com certeza que a filigrana estava a ser desenvolvida e produzida em Portugal. Foi com a chegada de povos Árabes que surgiram novos padrões e que, pouco a pouco, a filigrana da Península se começou a diferenciar da filigrana de outras partes do mundo.
Enquanto que na vizinha Espanha a tradição da filigrana se foi perdendo, em Portugal foi-se apurando. A partir do séc. XVII, a filigrana portuguesa já tinha um imaginário próprio e moldes muito diferentes de qualquer outra filigrana.

As formas e estilos da Filigrana Portuguesa


A filigrana portuguesa representa maioritariamente a natureza, a religião e o amor:   

•    o mar é representado com peixes, conchas, ondas e barcos;

•    a natureza é a inspiração dasflores, dos trevos e das grinaldas;

•    com motivos religiosos, encontramos ascruzes, como a cruz de Malta, e os relicários. Mais recentemente, as medalhas com santos,anjos efiguras religiosas;

•    o amor, claro, é a inspiração de todos oscoraçõesem filigrana.


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En filigrane (Fotografias © Sónia Marquès)
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Outros símbolos icónicos da nossa filigrana têm uma origem histórica ou não totalmente clara. Falamos de :

Coração de Viana

Ao contrário do que se poderia pensar, o propósito primeiro do Coração de Viana não foi ser um símbolo de amor, mas sim um símbolo de dedicação e de culto do Sagrado Coração de Jesus. Terá sido a rainha D. Maria I que, grata pela “bênção” de lhe ter sido concedido um filho varão, mandou executar um coração em ouro.

Brincos Rainha

É quase unânime que os brincos rainha apareceram em Portugal durante o reinado da Rainha D. Maria I (1734 - 1816). A origem do nome, essa, parece remontar ao reinado de D. Maria II (1819 - 1853), que usou um par destes brincos numa visita a Viana do Castelo em 1852. Depois desta visita, popularizaram-se como símbolo de riqueza e de statuse ganharam o nome “brincos rainha”. Noutras zonas do Minho, é ainda conhecido como “à moda da rainha”, “de mulher fidalga” ou “mulher rica”. Mas o que é realmente curioso são os desenhos dosbrincos rainha. Afirma-se que serão um símbolo da fertilidade feminina, uma vez que há uma parte redonda, com um círculo mais pequeno ligado à peça principal de forma aparentemente ténue: um símbolo da ligação do filho ao ventre da mãe, do qual se irá libertar. Os adeptos desta teoria referem ainda que a parte inferior do brinco é um triângulo invertido, um símbolo feminino já à época.

Arrecadas

As arrecadas começaram por ser os brincos da população mais humilde e que as classes mais privilegiadas começaram a imitar. Na sua origem estavam as arrecadas Castrejas, com inspiração no quarto crescente da lua.

Colares de Contas
Os colares de contas são tão antigos quanto a arte da ourivesaria. Mas os colares de contas a que nos referimos são os
As contas de Viana descendem das contas gregas: são ocas por dentro, o que as torna leves, e perfeitamente esféricas. Distinguem-se, no entanto, pelo fio em filigrana e por um pequeno ponto ao centro. p> Surgiram pela dificuldade em comprar um colar inteiro em filigrana: as mulheres iam comprando conta a conta até conseguir fazer um fio inteiro. Também existia a vantagem de alterar o fio e deixá-lo do comprimento pretendido.
 
Filigrana Portuguesa hoje
Hoje, o fabrico de filigrana em Portugal concentra-se sobretudo nas zonas de Gondomar e da Póvoa do Lanhoso. No Minho, a filigrana continua a estar associada a uma larga tradição: os “trajes de domingar”. O traje minhoto feminino é sempre complementado com diversas peças de ouro, incluindo colares e brincos que passam de geração em geração.

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En filigrane (Fotografias © Sónia Marquès)

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∃η ḟїLiℊґAᾔ℮

Dans la bijouterie antique, le filigrane est un bijou constitué de minces fils de métal assemblés de telle sorte qu'ils forment comme une broderie. Les fils sont étirés puis soudés ou assemblés sur une pièce de métal généralement. Cette technique provient de la période antique et était pratiquée à l'origine en Orient par les Sumériens de Mésopotamie, à une époque où la production d'objet en or augmentait. Elle parvient ensuite en Occident pendant le Moyen-âge. On retrouve alors le filigrane dans l'orfèvrerie religieuse en tant que décor, par exemple, mais aussi dans la bijouterie et l'habillement, et de nombreux objets comme les casques, les poignards notamment. L'avantage de cette technique est qu'il suffit de très peu de matière pour créer un grand nombre de fils. Le travail du filigrane nécessite une grande patience et une précision infinie, ce qui en fait un objet de grande valeur.

Le secteur de la bijouterie au Portugal a pris une place déterminante dès le début des découvertes maritimes. La capitale Lisbonne s'est rapidement enrichie avec les influences de la culture orientale dès le XVème siècle d'une part, puis plus tard avec des richesses venues du Brésil telles que les pierres précieuses, l'or et les diamants.
Le filigrane, lui, fait partie de l'histoire du Portugal. Des pièces en filigrane réalisées par l'orfèvrerie portugaise datant des années 2000-2500 avant Jésus Christ ont d'ailleurs été retrouvées au Portugal. Ces bijoux traditionnels portugais, entre autres appelés Brincos de filigrana, peuvent être déclinés en plusieurs modèles comme les Brincos de Viana (boucles d´oreilles de Viana), dont le nom provient de la ville portugaise Viana do Costelo qui a conservé cette technique ancestrale. Ils sont principalement portés lors des fêtes nationales par des danseuses folkloriques. Aujourd'hui, ces objets restent des pièces précieuses à valeur avant tout stylistique. En or ou en argent, le filigrane se décline essentiellement en boucles d'oreilles et en colliers, ou encore en ornements destinés à décorer les robes de mariées notamment.

Les pièces portugaises en filigrane sont connues pour être d'une grande qualité. Chaque pièce est unique puisqu'elle est fabriquée à la main. La majorité des artisans spécialisés dans la technique du filigrane au Portugal exercent dans le nord du pays, dans la ville de Póvoa de Lanhoso notamment, reconnue au niveau national aujourd'hui comme la capitale de l'art du filigrane.
C'est dans la municipalité de Gondomar, au nord du Portugal, que la production de bijoux en filigrane est la plus importante du fait des nombreuses mines d'or présentes sur le territoire. La production de bijoux est répartie dans plusieurs ateliers tenus généralement par des familles. La technique du filigrane est un véritable héritage qui se transmet de génération en génération. La ville reste donc marquée de cette tradition, et la bijouterie de Gondomar représente à elle seule 60% de la production nationale de bijoux.
L'art du filigrane tient ainsi une place prépondérante dans l'artisanat et l'orfèvrerie portugais, notamment dans certaines villes qui conservent et entretiennent cette tradition particulière.

Originaire du Minho, le Coeur de Viana est l’un des nombreux symboles portugais de cette région du nord du Portugal. Faisant frontière avec l’Espagne, le Minho est connu pour ses foulards colorés, le coq de Barcelos, la fameuse soupe aux choux portugaise Caldo Verde, ses mouchoirs et nappes brodés, et de nombreuses danses et chansons folkloriques. Mais ce sont ces magnifiques bijoux en or qui brillent le plus parmi toutes ces traditions. Sous forme de pendentifs ou boucles d’oreille, ces jolis coeurs en filigrane* sont portés par les femmes de la région – les Minhotas -, avec grande fierté.
Bien qu’il s’appelle “Coração de Viana” (Coeur de Viana), il n’est pas exclusivement produit dans cette jolie ville balnéaire. En réalité, l’utilisation du cœur est, dans une perspective plus large, une tradition de la région du Minho, que ce soit du Baixo-Minho ou de l’Alto-Minho. L’attribution de celui-ci à Viana do Castelo peut avoir résulté de la popularité de ses costumes traditionnels dont il fait partie. Foulard sur la tête et sur les épaules, tablier à la taille et une abondance de colliers en or autour du cou; c’est ainsi que s’habillent les Minhotas. Leur collection de colliers n’est pas uniquement décorative, elle représente le patrimoine, la richesse de chacune, tandis que la couleur de leurs vêtements indique leur statut social.
Selon Manuel Rodrigues Freitas, Directeur du Musée de l’Orfèvrerie Nationale à Viana do Castelo, “les cœurs de Viana ont une origine religieuse. Dans l’antiquité classique, le cœur représentait le centre de la vie, de la solidarité, de la fraternité et de l’amour, ce sont les caractéristiques les plus saillantes de la vie des saints, c’est pourquoi ils étaient représentés avec le cœur sur la poitrine”, explique-t-il. “Ces cœurs accentuaient la chaleur de l’amour avec des flammes qui surgissaient de sa partie supérieure du coeur, celle-ci étant une stylisation de ces mêmes flammes, c’est pourquoi on les appelle “coeurs flamboyants” ou “doubles coeurs”. Ils sont apparus au Portugal avec le culte du Sacré-Cœur de Jésus et, par conséquent, les femmes aiment le porter sur la poitrine comme symbole sacré, avec des formes plus simplifiées.”
Cette combinaison de la forme (le coeur) et du matériel (l’or) a transformé l’image du Cœur de Viana en symbole de la bijouterie portugaise. Sa grande particularité, outre la complexité de sa décoration florale ou végétale, est l’existence d’une contre-courbe sur l’un de ses côtés, lui conférant une beauté contemporaine et festive, ce qui est relativement courant dans l’art populaire du Minho.
Utilisé comme symbole pour de nombreuses campagnes nationales telles que l’Euro 2004, qui a eu lieu au Portugal, le Coeur de Viana a même trouvé sa place sur la poitrine de stars de Hollywood. Sharon Stone, par exemple, a reçu un magnifique Coeur en or lors d’une visite dans le Nord du Portugal et le porte avec grande fierté.
En plus de l’or, les coeurs existent également dans d’autres matériaux, comme l’argent, et même d’autres plus modernes, tel que le liège, mais l’argent doré est le matériel le plus utilisé. Quant à la technique traditionnelle, elle se maintient, ils sont toujours faits en filigrane, un art qui travaille les métaux en fils délicats, entrelacés, créant des œuvres d’art élaborées avec des motifs variés.
Il existe deux types de filigranes: la filigrane d’application, utilisée pour des effets décoratifs et la filigrane d’intégration, ce qui veut dire que le bijoux est entièrement fait de filigrane. Les fils de métal sont torsadés, battus et ramollis et affinés avec une source de chaleur, puis sont soumis à un nettoyage avant d’être travaillés par des orfèvres. La filigrane est un art exclusivement manuel, exigeant des artisans une grande compétence et méticulosité.
De nos jours, ces magnifiques bijoux traditionnels peuvent être trouvés dans la plupart des bijouteries du Nord au Sud du pays, mais c’est à Póvoa de Lanhoso, plus précisément à Travassos, que l’on trouve “la Terre de l’Or”. Un «village-atelier», dans lequel toutes les familles sont, ou ont été, liées à l’activité de l’orfèvrerie et où, soi-disant, est née «l’orfèvrerie Portugaise». Malgré l’industrialisation croissante du travail de l’or, il existe encore environ 40 ateliers traditionnels, qui ont hérité de la connaissance de cet art, qui brille dans chaque pièce originale.

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Par kiwaïda at 20:12

23/05/2022

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© Miss Tic (pochoir de rue)




Timbres - Carnet Femme de l' être © Miss Tic

Miss Tic

Artiste et poète
20.02.1956 — 22.05.2022

Par kiwaïda at 11:56

21/05/2022

﹩øü√εηḯґ﹩ ṧøυṧ-ღ@ґїᾔs






Photographies © Sonia Marques

Par kiwaïda at 20:20

19/05/2022

ℒε S◎ḯґ ʟℯ ℙα◎ᾔ



Artiste © Camille Martin : Le Soir (Le Paon), 1896, huile sur toile 269,2 x 200,3 cm

Par kiwaïda at 14:04

11/05/2022

ℳαґⓠʊ℮ṧ

(ci-dessus > Édition de l'artiste David Hockney : The Arrival of Spring, Normandy, 2020)

Ode à la solitude...

À l’aube de ses quatre-vingts ans, David Hockney a recherché pour la première fois la tranquillité à la campagne, un lieu où observer le coucher du soleil et le changement des saisons, un endroit où tenir à distance la folie du monde. Ainsi, lorsque la Covid-19 et le confinement ont frappé, cela n’a pas changé grand-chose à la vie à La Grande Cour, la ferme normande plusieurs fois centenaire où Hockney avait installé son atelier un an auparavant.

On ne reporte pas le printemps est un manifeste qui célèbre la capacité de l’art à divertir et à inspirer. Il s’appuie sur une multitude de conversations et de correspondances inédites entre David Hockney et le critique d’art Martin Gayford, son ami et collaborateur de longue date. Leurs échanges sont illustrés par une sélection de peintures et de dessins inédits réalisés par l’artiste sur son iPad en Normandie, en lien avec des œuvres de Van Gogh, Monet, Brueghel et d’autres encore.

Constamment poussé à aller de l’avant par son enthousiasme contagieux et son sens de l’émerveillement, à contre-courant depuis toujours, mais très populaire depuis soixante ans, Hockney ne se préoccupe pas de l’opinion des critiques. Totalement absorbé par son environnement et les thèmes qui le fascinent depuis des décennies: la lumière, la couleur, l’espace, la perception, l’eau, les arbres, il a beaucoup à nous apprendre, non seulement sur notre façon de voir… mais aussi sur notre façon de vivre.

*

Très belle édition, les verts sont lumineux, un beau travail graphique du passage entre l'écran, la couleur additive et l'imprimé, le papier, la couleur soustractive, j'apprécie le peintre et la qualité pédagogique de sa vision picturale, cultivée, plein d'humour et sans complexe, mais respectueux de ses apprentissages et ses enseignements.

Et pour dialoguer en ce printemps sans concession, mes paysages, aussi mes photographies, mes dessins, mes marques, comme mon nom de famille...

L'artiste photographe et l'âge d'or

Un dessin âgé et jeune

Des contemplations...

Photographies © Sonia Marques

Par kiwaïda at 21:20

10/05/2022

℃@ґηα√αℓ



Photographies © Sonia Marques



Par kiwaïda at 13:25

05/05/2022

ℓ❝ḯηḓi¢їßʟε


Autoretrato © Sonia Marques


*

rien n'est sérieux en ce bas monde
un cil de lune dégage les nuages frivoles
passé un certain âge, rien n'est sérieux
qu'as-tu fait hier ?
rien de sérieux
que feras-tu demain ?
méditer sur le prodige amour
l'extinction de l'amitié
la démonétisation du temps
la vie noble fortifiée par les épreuves
la liberté de fortune
les actes mensongers
le savoir sans le faire savoir
les indicibles sentiments
les semblants faux et les vraies illusions
l'inaudible âme délicate
la profondeur, sa grâce, sa sincérité
le charme infini des animaux songeurs
leur philosophie


rien de sérieux


*

Par kiwaïda at 00:54

01/05/2022

ʝ☺ʟї м◎їṧ ⅾℯ Mαḯ






Tout simplement !
Peintures © Sonia Marques

Par kiwaïda at 13:14

29/04/2022

†ϴṲ†








Photographies © Sonia Marques

TOUT

TOUJOURS

TOUT DE SUITE

TOUT LE TEMPS

TOUCAN

TOCO

COCO

COLORI

ON SAIT

TOUT

ON VOIT

TOUT

TOUJOURS

AMOUR

TOUT LE TEMPS

PARTOUT

LES BOUS


Par kiwaïda at 22:42

22/04/2022

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Cheval sicilien (huile sur bois, 25x34,9 cm)

Cheval espagnol (huile sur bois, 25x35 cm)

Peintre : Jan van der Straet, dit Giovanni Stradano ou Johannes Stradanus est un peintre flamand, né à Bruges en 1523 et mort à Florence le 11 février 1605. Il est également connu pour des gravures et des cartons de tapisserie. Il appartenait au style artistique renaissance flamande & nordique, maniérisme. Il a été principalement actif durant la période renaissance au 16 ème siècle. Dans l’exercice de son art, Jan van der Straet a principalement exercé les techniques artistiques suivantes : huile sur bois, gravure. Jan van der Straet est notamment connu pour les œuvres suivantes : La moderation désarmant la vanité, Color olivi, Plongée en perles... Les œuvres de Jan van der Straet sont, en effet, principalement conservées au Musée du Louvre à Paris.


La Vierge en lévitation dans la nef de Notre-Dame d’Amiens (vers 1930)

Peintre : Raphaël Delorme (1885-1962)
Huile sur isorel - 65,5 x 40 cm


Ce sont mes curiosités... La lévitation pour ne pas partir en sucette et s'ébrouer comme ces chevaux coquins... L'insoutenable légèreté de l'être comme dirait Kundera...
L'esprit du temps lorsque l'imaginaire se précipite vers l'inconnu, fier de ses trouvailles et de ces fantasques pieds de nez à l'heure de vérité !


*

Photographies : Sonia Marques

Par kiwaïda at 03:27

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Peintre : Marie-Paule Carpentier (1876-1915)

LA SOURCE (1910, huile sur toile 86 x 120 cm)

Photographie : Sonia Marques

Je passais par Coquille et je trouvais La source, assise sur le sable, tenant dans ses mains une coquille Saint-Jacques d'où coule l'eau de l'Océan... Beauté, amour, virginité, la coquille et son iconographie mythologique. La peintre fréquentait le bassin d'Arcachon, les plages de Bretagne, artiste aquarelliste douée, dont peu décrivent son œuvre... comme tant d'artistes femmes aux coquilles nombreuses et rarement vues, ou remarquées comme simple bévues, de menues coquilles... Revenir à la source de toute chose...

Aux coquillages, trouvons la perle...

Étourderies, ignorances, à l'inadvertance, erreurs grossières... Bon métier que celui de prophète, mais à la condition d’y éviter les trop grosses bourdes et de ne pas montrer aux simples mortels combien est peu sensible parfois l’écart entre une prédiction et une bévue.

Par kiwaïda at 03:00

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Photographie-peinture © Sonia Marques

Apotropaïque

Côquer
Peinture
Monochrome bleu
Boîte aux lettres
Heurtoir de porte d'entrée
Marteau marmouset
 

Par kiwaïda at 02:59

Å⊥εʟїεґ


Fin de journée. Autoportrait dans l'atelier

Peinture de Mathilde Arbey (1890-1966), (huile sur toile 145 x112 cm)

Des nuances de camaïeux, aux dominantes roses et mauves, émeraudes et bleues, et, la composition hiératique de la peintre, en modèle, expriment un sentiment d'apaisement, quasiment de défiance solennelle, où seules les branches de saules à l'arrière plan, offrent une fantaisie, une décoration jouissive. Elles contrastent avec l'austérité du visage qui nous fixe, impassible... Rien, vous ne saurez rien.
Photographie  : Sonia Marques

Par kiwaïda at 02:34

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Photographies © Sonia Marques

Variations sur le même thème :
La pluie et le désir

Par kiwaïda at 02:15

21/04/2022

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Étonnante surprise, le tableau L'amitié (1924) dupeintre Foujita (Tsugouharu Foujita ou Tsuguharu Fujita (藤田 嗣治),  ou sous le nom adopté à la fin de sa vie, Léonard Foujita) (naissance :1886, Japon - mort : 1968, Suisse)

Huile et colle sur toile - Dimensions 146 x 89 cm

La blancheur, le trait, et la finesse des motifs rouges roses du drapé, une œuvre douce qui allie une vision de l'illustration, du graphisme, du motif et décor avec la représentation de nus féminins tels qu'on peut les classer même dans les sculptures classiques ou de la peinture de la Renaissance italienne, comme Botticelli. Même si Matisse est aussi en écho, dans d'autres œuvres, je vois aussi du Giotto, que j'adore (peintre, sculpteur et architecte florentin du Trecento), étrangement, des dessins japonais de La Manga (Les carnets de croquis d'Hokusai  commencés en 1814), ou encore de mes dessins à l'encre de chine (pour faire plus modeste et plus proche) Son approche entre l'Orient et l'Occident est ingénieuse et défie le temps.S a biographie est un voyage sentimental et aussi à travers des guerres, des pays, (Japon, France, Brésil...) Sensualité et technicité se marient, ses influences et inspirations naissent de ses amitiés avec les peintres, poètes, et femmes aussi muses... Le mysticisme ou le catholicisme à la fin de sa vie, sont aussi des domaines qu'il a exploré à travers ses peintures : il est un voyage étonnant de se plonger dans sa vie et son œuvre. Et lorsque l'on découvre un tableau, par hasard, accessible à tous, c'est une porte qui s'ouvre. À nous artistes, une porte qui nous ramène à nos contrées et voyages, dans l'imaginaire, la spiritualité et l'art... Cela fait du bien, surtout en ce moment...

Touche-à tout, Foujita est un créateur aux multiples talents, entre tradition et modernité, entre orient et occident, entre art et artisanat. Peintre et graveur, il était aussi dessinateur, illustrateur, sculpteur, céramiste, photographe, cinéaste, créateur de mode, designer ...

Photographies : Sonia Marques


















1924 ce tableau et nous sommes en 2022... quasiment un siècle nous sépare de cette œuvre qui semble être dessinée aujourd'hui, admirablement conservée...
De quoi reprendre confiance...

Et puisque l'amour nous emmène à l'amour... sans parcours fléché, aucun nous dicte le chemin... En écoutant Gérard Mancet, belle association...

Comme un enfant qui repose
Dans la vérité des choses
S'éloigner de tout







Par kiwaïda at 17:46

16/04/2022

ℳÅ✞ℑ$$∃




La chapelle du Rosaire, dite aussi chapelle Matisse, est une petite chapelle érigée de 1949 à 1951 à Vence pour le Couvent des Dominicains. Conçue par l'architecte Auguste Perret et décorée par Henri Matisse.




Henri Matisse, peintre à Nice en 1949... Il avait 80 ans...

Matisse (la dignité de penser)

« Quand j’exécute mes dessins Variations, le chemin que fait mon crayon sur la feuille de papier a, en partie, quelque chose d’analogue au geste de l’homme qui cherchait, à tâtons, son chemin dans l’obscurité. Je veux dire que ma route n’a rien de prévu : je suis conduit, je ne conduis pas. » « Tout est neuf, tout est frais comme si le monde venait de naître. Une fleur, une feuille, un caillou, tout brille, tout chatoie, tout est lustré, verni, vous ne pouvez-vous imaginer comme c’est beau ! Je me dis quelquefois que nous profanons la vie : à force de voir les choses, nous ne les regardons plus. Nous ne leur apportons que des sens émoussés. Nous ne sentons plus. Nous sommes blasés. Je me dis que pour bien jouir, il serait sage de se priver. Il est bon de commencer par le renoncement, de s’imposer de temps en temps une cure d’abstention. Turner vivait dans une cave. Toutes les huit jours, il faisait ouvrir brusquement les volets, et alors quelles incandescences ! Quels éblouissements ! Quelle joaillerie ! »


Et je pensais à l'artiste portugaise Maria Pires da Silva Keil do Amaral (1914 -2012)...

...foi uma pintora e ilustradora portuguesa; pertence à segunda geração de pintores modernistas portugueses.
Maria Keil realizou uma obra vasta e diversificada que abarca a pintura, desenho e ilustração, azulejo, design gráfico e de mobiliário, tapeçaria, cenografia, etc.

Destaca-se de modo particular a sua intensa atividade como ilustradora, bem como o papel crucial que desempenhou na renovação do azulejo contemporâneo em Portugal.




Painéis de azulejo da pintora e ilustradora Maria Pires da Silva Keil do Amaral em Lisboa (The Sea, 1958-59, azulejos panel, Av. Infante Santo, Lisbon)

(*•̀ᴗ•́*)و ̑̑

Aproveito para lhes enviar meus votos de feliz Páscoa !




Desenho e ilustração © Maria Pires da Silva Keil do Amaral

Par kiwaïda at 01:52

14/04/2022

Ḻ€ϟ 4 ∀♏iϟ

Le meilleur véhicule... Dessin du jour

Les quatre amis (Dessin  © Sonia Marques)


Inspiration des quatre amis Harmonieux, extraite du Tittira-Jataka d'une histoire racontée par le Bouddha à ses disciples. Il était une fois dans une forêt à Varanasi (Inde), quatre animaux, un éléphant, un singe, un lapin et un oiseau (faisan ou perdrix) qui se disputaient sur la propriété d'un arbre. L'éléphant affirmait l'avoir vu en premier; Le singe disait que c'était son arbre parce qu'il avait grandi grâce à ses fruits; Le lapin disait qu'il s'en était nourri quand l'arbre était jeune; Le faisan expliquait que l'arbre avait poussé en ce lieu grâce à la graine d'un fruit qu'il avait mangé puis rejeté dans une fiente. L'éléphant, le singe et le lapin acceptèrent l'argument du faisan puisqu'il était à l'origine de l'arbre. Les quatre animaux sont ainsi devenus amis et ont décidé de partager les ressources offertes par l'arbre. C'est pourquoi le faisan est représenté sur le lapin, lui-même posé sur le singe qui est monté sur l'éléphant. Ces animaux représentent l'harmonie, l'unité et le dépassement du désir. Leur relation ne tient pas compte de l'âge, de la force ou de la taille. Il existe différentes versions de l'histoire, mais elles enseignent la même morale, à savoir le respect des anciens, la coopération et la générosité. Ces quatre animaux pourraient aussi représenter différents cycles dans le chemin vers l’Illumination; dans l'enseignement du Vinaya il est dit que l'oiseau est une incarnation du Bouddha, que le lapin est Sariputta (premier disciple du Bouddha), le singe est Mugyalyana, et l'éléphant est Ananda.

Par kiwaïda at 16:52

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