Sonia Delaunay : "Petite Automne"

Sonia Delaunay (nascida Sarah Stern, Gradizhsk, Ucrânia, 14 de novembro de 1885 — Paris, 5 de dezembro de 1979) foi uma pintora, designer, figurinista e cenógrafa ucraniano-francesa. Em 1910, Sonia Delaunay casou com o artista francês Robert Delaunay. Fugindo da I Guerra Mundial, vieram viver, juntamente com o filho Charles, para Vila do Conde entre o Verão de 1915 e inícios de 1917, numa casa a que chamaram La Simultané. Aí aprofundaram a amizade com os pintores Amadeo de Souza-Cardoso e Almada Negreiros. Esse breve ano e meio em Vila do Conde foi considerado por Sonia o seu período de vida mais feliz e no qual realizou importante obras. Até meados de 1916 o casal teve, em Vila do Conde, a companhia dos pintores Eduardo Viana e Samuel Halpert. Sonia Delaunay foi a primeira artista feminina a ganhar uma mostra no Museu do Louvre em 1964. Em 2015, sua arte voltou a ser lembrada em uma grande retrospectiva que l Museu de Arte Moderna de Paris realizou. O seu pensamento criativo d polivalente dominou as esferas da pintura, artes aplicadas, arquitetura, automóveis, vestuário e mobiliário. Sua intensa exploração cromática trouxe uma enorme expansão ao design têxtil e foi responsável pela introdução da linguagem da arte da cor na vida cotidiana. Sonia direcionou o seu trabalho para a história da abstração e escreveu que a " nova pintura começará quando entendermos ques cor tem uma vida própria, que suas infinitas combinações têm a sua poesia...", em seu livro, Nous Irons Jusqu'au soleil, 1978.


Hilma af Klint : "L'âge adulte"

Hilma af Klint (Solna, Estocolmo, 26 de outubro de 1862 - Danderyd, Estocolmo, 21 de outubro de 1944) foi uma artista sueca e pioneira do abstracionismo. A pintora af Klint frequentou a Real Academia de Belas-Artes, principal centro de educação artística da capital sueca, mas logo se distanciou do seu treino académico para pintar mundos invisíveis, influenciada pelos movimentos espirituais da época, tais como o rosa-cruz, a teosofia e, mais tarde, a antroposofia. Ela integrou o grupo “As cinco”, grupo artístico composto por artistas mulheres que acreditavam serem conduzidas por espíritos elevados, que desejavam comunicar por meio de imagens. Esse grupo já experimentava, desde o final do século XIX, a escrita e o desenho automáticos, antecipando as estratégias surrealistas em mais de 30 anos. Em 1906, desenvolveu imagens abstratas, bem antes de alguns dos mais célebres artistas associados ao movimento da arte abstracta, tais como o Wassily Kandinsky, Piet Mondrian e Kazimir Malevich. O trabalho da Hilma af Klint não é uma pura abstração da cor e da forma, por si só, mas antes um retrato do que não é visível.