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08/11/2020

℃Å☾ℋ∃ ℭÅℭĦ€







 











 

A princesa escondida

Fotografías © Sónia Marquès & querido

Par kiwaïda at 21:59

04/11/2020

ℊґʊεṧ ¢εηⅾяéℯ﹩

C'est parti !

300 000 grues traversent ma région en direction de l'Allemagne et des pays nordiques (Finlande, Norvège et Suède) pour s'y reproduire... Sublimes envols de liberté <3

Juste au-dessus de mes oreilles... Grou grou, grou, grou... Elles sont splendides !

Screen shot (© Sonia Marques)


 

Par kiwaïda at 21:19

01/11/2020

ℝѺṲḠ∃ ♒ נαüηℯ ≕ ♥ℯґт














Fotografías © Sónia Marquès

Par kiwaïda at 19:28

ℒṲÅ ∀☡ṲḺ















Fotografías © Sónia Marquès

Lua azul é a expressão usada para designar a segunda lua cheia que ocorre em um mesmo mês. Lua Azul, o raro evento cósmico que poderá ser visto neste 31 de outubro (dia das bruxas na tradição norte-americana) O início de uma nova chuva de meteoros e a melhor aparição do planeta Urano no céu neste ano. Ontem observei esta magnífica lua azul, no céu, cinza claro, branco leitoso, prateado. Nestes dias tão especiais, celebramos os santos, todos os santos, é a festa de Todos os Santos.
Dia de Todos os Santos
é uma festa celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. Esta festa é celebrada pelos crentes de muitas das igrejas da religião cristã, por terem assimilado do paganismo.
Dia dos Bolinhos...
Expulsar os maus espíritos.
Nesta semana também já está acontecendo a chuva do meteoros taurídeos, que tem esse nome pois parecem emanar da constelação de Touro. Ela começou na última terça-feira (20), mas ainda estamos longe do "pico" do fenômeno, o momento de maior intensidade, que acontecerá em 12 de Novembro. Mesmo assim, se você estiver em um local com céu limpo, pouca poluição luminosa e um pouco de sorte, poderá ver alguns meteoros antes mesmo desta data. Além da Lua Azul, este sábado tem outro fenômeno: o planeta Urano estará em oposição, ou seja, diretamente oposto ao Sol. Isso fará com que ele fique excepcionalmente brilhante, e muito mais fácil de observar.

Estamos confinados de novo, na minha vida diária, nada muda, exceto que os habitantes deixaram a cidade, como no primeiro confinamento. Assim posso observar melhor os jardins, as ruas e o céu, sem o ruído. Um transporte gratuito na minha cidade com um design muito agradável nos transportou. Melhor do que um táxi, mais espaçoso, futurista. Sem carro, este é o meu novo veículo, obrigado à minha cidade.

Vi a Câmara Municipal de Limoges através da janela de trás, iluminada. O jardim da Catedral de Santo Estêvão (St Étienne) estava banhado por uma luz sagrada, surreal, mágica. Tudo estava polvilhado de azul muito claro e amarelo dourado, uma paisagem magnífica e infinitamente suave. Estava bom, cheirava bem em todo o lado, e não havia ninguém. Comunicamos com os nossos santos, os nossos mortos, os nossos antepassados, os nossos entes queridos desaparecidos, todos eles vieram acompanhar-nos na clareza deste dia santo.






Fotografías © Sónia Marquès


Desde que a polícia me fotografou como se fosse uma criminosa, acusada por uma mulher com problemas mentais, publiquei fotografias de mim, com um pouco mais de entusiasmo. Não sendo narcisista, mas o auto-retrato revela uma verdade transcendente : esta passagem no subsolo, das celas de prisão, das datiloscopia e papiloscopias, no laboratório de Polícia Científica com investigadores profissionais e tranquilizadores, deu-me um outro ponto de vista da fotografia. Por fim, quando você é um uma fotógrafa a sério, é melhor tirar uma fotografia de você mesmo do que deixar uma fotógrafa falsa forçou a polícia a tirar retratos de você, de surpresa, fenômeno perverso, que tem a vontade de reverter o bem para fazer mal. A liberdade de expressão é também um direito de resposta elegante. Temos orgulho de ser quem somos, para afastar os maus espíritos.


Que os seres humanos meditem, em silêncio.

Deixe-os em paz.


Par kiwaïda at 13:06

17/10/2020

A∂◎яღ℮¢ḯⅾ☺ṧ

O respirar dos adormecidos é um ruído que inquieta. Como se neles soasse uma outra alma.

(Mia Couto)

Fotografías © Sónia Marquès


Par kiwaïda at 23:11

09/10/2020

ℙÅÍϟ






Fotografías © Sónia Marquès

Permitam-me que abandone estes lugares,
permitam-me que regresse ao local onde fui concebida,
permitam-me que volte a ser este pequeno peixe que ama o mar,
permitam-me que vos diga que aqui o ar é irrespirável,
o céu é uma ilusão,
as pessoas não existem,
permitam-me que peça desculpa,
Estou no lugar errado,
não conheço ninguém e ninguém me conhece.

O mais depressa possível :

Deixa-me sair destes lugares,
deixa-me voltar para onde fui concebido,
deixa-me voltar a ser este peixinho que ama o mar,
deixa-me dizer-te, que aqui o ar é irrespirável,
o céu é uma isca,
as pessoas não existem,
peça desculpas, estou no lugar errado,
não conheço ninguém e ninguém me conhece.

Par kiwaïda at 22:39

17/09/2020

ℳṲḰṲ ℉ṲJi







Photographer : Shinkenchiku-Sha

The Muku Nursery School in Fuji City was designed by the Japanese firm, Tezuka Architects and is composed of circular, umbrella-like structures for the classes. The complex of wooden volumes with this unusual shape won the School - Completed Buildings category of the 2018 World Architecture Awards (WAF). When the topic of architecture for early childhood comes up, we find a series of very interesting projects that adopt an unusual architectural shape to try and make the young users feel at home and to foster their development. A number of virtuous examples have passed through Livegreenblog, from lots of different places including Mosco), Nuremberg and Thailand, just to mention some of the projects we have published. The Muku Nursery School by Tezuka Architects, the husband-and-wife firm founded in Tokyo in 1994, is another addition to this collection of excellent architecture for early childhood, confirmed by the award won at the 2018 World Architecture Festival (WAF) in the School - Completed Buildings category. The project itself starts from a circular layout, expressing this geometric shape not in the form of a ring - which the same firm had already used in their design of the acclaimed Fuji nursery school in 2007, developed around a centuries-old tree - but in the form of “bubbles”. These are ten separate buildings made from wood, glass and translucent walls that, when viewed from above, look a bit like different sized soap bubbles slowly rising up in the air. Each bubble - or umbrella-like structure - is used for one specific function and there are no walls inside. Like the mitochondria and ribosomes they are reminiscent of, these circular volumes provide a total area of 403.51 square metres, and their interior structures feature low furniture and partitions that are suitable for children. The goal of Tezuka Architects was to position each function and keep it completely free of any geometric constraints. This absence of restrictions coupled with the round shape stimulates movement for the children who can let off steam running around in and between the various circles. Not only that but the circular layout of the buildings and of the space itself also assures excellent visibility, something very important in a nursery to make sure you can keep an eye on the children at all times. The single bubbles are positioned quite close to each other, to foster a real and a visual connection between the classrooms. At the same time, it allows great views of Mount Fuji, a stunning backdrop that becomes part of the children's everyday experience. The Muku Nursery School by Tezuka Architects underscores the modus operandi of these architects. When they design a building, their main concerns is to create spaces that are open and welcoming to nature, which they always appreciate and treat with great respect. At the same time, they view people - the users of architecture - as a part of all the aspects of the existence of the architectural work. So their designs are always open to the myriad of possibilities served up by the context, rather than being closed, self-serving containers.

Christiane Bürklein (Floornature)

*

Bulles de savon !

Dix bâtiments séparés en bois, en verre et en murs translucides qui, vus d'en haut, ressemblent à des bulles de savon de différentes tailles s'élevant lentement dans l'air. Chaque bulle - ou forme de parapluie - est utilisée pour une fonction spécifique et il n'y a pas de murs à l'intérieur. Excellente visibilité : pouvoir garder un œil sur les enfants à tout moment. Les bulles individuelles sont placées assez près les unes des autres, pour favoriser une connexion réelle et visuelle entre les salles de classe. En même temps, il offre une vue imprenable sur le mont Fuji , une toile de fond époustouflante qui fait partie de l'expérience quotidienne des enfants.
Et c'est un couple d'architectes japonais qui a eu cette vision, réalisée : Akaharu and Yui Tezuka.

Par kiwaïda at 12:39

13/09/2020

ṔℝѦЇÅS

Fotografías © Sónia Marquès

Os bons momentos dão-nos desculpas para não reclamar, os bons momentos me dão energia para admirar lindas coisas e lembrar-me que tudo é maravilhoso.

Fotografías © Sónia Marquès


Fernando Pessoa :

Novas Poesias Inéditas

(Direcção, recolha e notas de Maria do Rosário Marques Sabino e Adelaide Maria Monteiro Sereno.)

Olhando o mar, sonho sem ter de quê

Olhando o mar, sonho sem ter de quê.

Nada no mar, salvo o ser mar, se vê.

Mas de se nada ver quanto a alma sonha!

De que me servem a verdade e a fé?

 

Ver claro! Quantos, que fatais erramos,

Em ruas ou em estradas ou sob ramos,

Temos esta certeza e sempre e em tudo

Sonhamos e sonhamos e sonhamos.

 

As árvores longínquas da floresta

Parecem, por longínquas, estar em festa.

Quanto acontece porque se não vê!

Mas do que há ou não há o mesmo resta.

 

Se tive amores? Já não sei se os tive.

Quem ontem fui já hoje em mim não vive.

Bebe, que tudo é líquido e embriaga,

E a vida morre enquanto o ser revive.

 

Colhes rosas? Que colhes, se hão-de ser

Motivos coloridos de morrer?

Mas colhe rosas. Porque não colhê-las

Se te agrada e tudo é deixar de o haver ?

praia3.jpg

Fotografías © Sónia Marquès



Sophia de Mello Breyner Andresen |
"Antologia", pág. 111 | Círculo de Poesia Moraes Editores

Praia


Os pinheiros gemem quando passa o vento
O sol bate no chão e as pedras ardem.

Longe caminham os deuses fantásticos do mar
Brancos de sal e brilhantes como peixes.

Pássaros selvagens de repente,
Atirados contra a luz como pedradas,
Sobem e morrem no céu verticalmente
E o seu corpo é tomado nos espaços.

As ondas marram quebrando contra a luz
A sua fronte ornada de colunas.

E uma antiquíssima nostalgia de ser mastro
Baloiça nos pinheiros.

Fotografías © Sónia Marquès

Fotografías © Sónia Marquès

Par kiwaïda at 12:57

17/08/2020

тê☂ℯ ℯη ʟ❝αїґ





Photographies © Sonia Marques

Par kiwaïda at 22:56

15/08/2020

ѦЇℛ





















Photographies © Sonia Marques

*

De ce que l'on écrit, on se souvient dans les airs... La recherche de verticalité prenait tout son sens auprès des nuages...

La densité, la circulation, le manque d'air et le manque de distance, de recul...

L'invention d'une puissance aviatique est une illusion... C'est bizarre, ce mot "aviatique" n'existe pas dans les dictionnaires, pourtant dans l'usage, il s'impose dans ce qu'il m'est donné de voir, et de survoler à cet instant...

On adopte la langue de l’atterrissage, mais il reste une langue des airs, ce que l'on garde nourrit l'imaginaire, la langue des rêves, des espoirs, des allégresses, c'est la langue que personne d'autre ne peut connaître, ni reconnaître.

C'est une espèce de conscience, entre ce que l'on sait et ce que l'on ne sait pas. La langue des anges.

Par kiwaïda at 12:03

24/07/2020

ℒℐ♏ѺḠℰϟ ℒ∀ ℕÜЇ✞



















Photographies des collages de Fred Le Chevalier (localisation : Place des Bancs / Rue du Consulat)

Réunis pour la première fois à Limoges, une trentaine d’artistes essentiellement des artistes collagistes en vogue, extrêmement réputés qui exposent régulièrement en galerie et sont cotés sur le marché de l’art, viendront apposer leurs œuvres les 13 et 14 juillet sur une trentaine de vitrines de boutiques situées dans la rue Adrien-Dubouché, la rue Fourie, la rue du Consulat, la rue et la cour du Temple, mais aussi place de la Motte, rue Darnet, rue Othon Péconnet, rue Lansecot et au Pavillon du Verdurier. La Ville a choisi d’affirmer son statut de ville porcelainière et de confier à des artistes d’art urbains, un art transgressif, le soin de porter un autre regard sur les arts du feu. Il s’agit là d’une symbolique forte et identitaire de la Ville (Limoges capitale mondiale des arts du feu, Limoges Ville créative Unesco, Limoges ville d’Art et d’histoire). Un challenge qu’ils ont relevé et qui aboutira à la création d’une œuvre commune sur la thématique des arts du feu : « Limoges d’Arts et de Feu ». 
















Collages de Matthieu Dagorn (localisation : Rue Adrien Dubouché)



J'ai bien aimé ces 2 artistes, il y en a d'autres parsemés dans ma ville. Pour Matthieu Dagorn, j'ai lu qu'il est né en 1982 à Paris, et a un DNAP des beaux arts de Quimper (là où j'ai enseigné et recruté une professeure en multimédia, une première, une femme, il y a plus de 15 ans déjà !) Il a rencontré en 2008 le collectif d’artistes 9è Concept. Ses bandes de papiers forment un volume impressionnant surgissant d'une vitrine, comme un masque. En même temps, elles semblent provenir de chutes d'industrie d'impression, il y a un côté histoire du graphisme vers l'art tribal, d'un semblant chaotique, devient très structuré et figuratif.


Photographies © Sonia Marques

Par kiwaïda at 01:01

20/07/2020

√é☂éґαηs

LION

CYGNES

FLEURS

ARBRE

CHAT

EAU

HERBE

YEUX

CHEVAUX

NUAGES

PERROQUET

PLUMES

SEXY

CHAPELLE

FOIN

LIBELLULE

GRANGE

MAISONS

SURPRISE

PLANTES

ÉGLISE

MAISON POUR DEUX

Photographies © Sonia Marques


Par kiwaïda at 22:57

06/07/2020

ℵ☮ℝ♏Å

Norma Jeane Baker sur une plage au Nord de Malibu, en Californie, photographiée en 1946 par André De Dienes...
Sublimes prises de vue !

Par kiwaïda at 00:58

08/06/2020

¢♄αღ℘ṧ

Natures égotiques / Balade limousine

Abondance, Bichon, Fumaison, Sakura, Galletout, Rouelle, Losange, Cabécou, Taupinette, Lechatolet, Monbriac, Ovalie, Coquillon, Calisson, Dauphin, Enrobé du Soleil, Picodon, Pecorino,  Moelleux, Vœu, Chabichou, Vacherin, Buchette, Gratte-Paille, Bleu, Fleur du Maquis, Fondue, Romarin, Fondant, Regal, Queijo do Pastor...

Photographies © Sonia Marques

Par kiwaïda at 13:10

04/06/2020

ℙℐṼѺЇИ€

Photographies © Sonia Marques

J'aime beaucoup les pivoines roses, l'une de mes fleurs préférées, son parfum est inoubliable. Elle possède nombre de vertus, avec un pouvoir, dans l'histoire de guérison.
Fleur aux mille pétales, tant de mythes la parcourent, des légendes grecques, chinoises, du Moyen Age.
Elle protège des mauvais esprits, des maladies, des tempêtes et les chinois l'associent à la beauté féminine et à l'amour, emblème également, de l'abondance et de la réussite sociale.
En occident, de notre côté, elle serait symbole de sincérité mais aussi de la timidité, elle assure protection.
D'où cette expression "rougir comme une pivoine", un sentiment de honte.
Ce que j'admire, ce sont les dessins japonais, des pivoines voluptueuses et socles qui magnifient les insectes.
Notre coutume : les fêtes, comme la fête des mères, gage d'affection, cette fleur généreuse est une marque de sincérité et de tendresse.
On la trouve dans les bouquets pour les mariés et les arrangements floraux, abondant et délicats.
Dans certaines traditions, le fiancé offre une pivoine à sa future femme, en gage de sincérité de son amour

Cette fleur est un témoignage dont on se souvient. Longtemps.

Tachibana, Yasukuni 1715-1792

Trois pivoines et papillon (Katsushika Hokusai - 1832)

Pivoine et canari (Katsushika Hokusai - 1833)

Parfois je n'éprouve aucun sentiment, intellectuel, esthétique, décoratif, pour les arts contemporains. Professeure, j'ai dépassé cette absence de reconnaissance, afin de transmettre des correspondances en histoire de l'art, pour les étudiants, et que leurs connaissances, puissent, elles, se déployer librement, avec leur propre appréhension de l'histoire, et dans leur histoire personnelle. Je n'ai jamais forcé la main, ni réalisé des focus ou tenté d'exclure des pans entiers de l'histoire de l'art. Ainsi en apprenant, j'apprenais à apprendre, car j'aime enseigner, et articuler des planètes différentes, les aligner pour cartographier une nouvelle constellation, afin que l'étude se peaufine et l'excellence pousse. Mon enseignement est raffiné, il est donc précieux et ne peut être vulgarisé. Je ne l'ai pas su de suite, des mésaventures me l'ont appris. Je me suis un peu décalée d'un milieu, qui était hostile à la délicatesse et à l'élégance. J'ai souvent gardé secrètes mes préférences artistiques. Et celles-ci, plongent deux siècles en arrière. Évidemment, tous les arts qui s'en inspirent ont ma préférence. Je comprenais ainsi, de même, que ne pas avoir de reconnaissance auprès de mes contemporains, n'était pas très important. Pourtant ils me divertissent, mais j'oublie le spectacle, aisément. Ce qui s'imprègne est bien plus complexe et organique. C'est lié aux odeurs et aux souvenirs, aux attachements et aux reconnaissances de ce que l'on a déposé profondément, en nous. Comme l'insecte qui butine une fleur, les déplacements des pollens, toute cette culture. Mes essentielles. Mes essences.

Il n'y a pas de choix, dans la transmission : que des possibles.

J'aime l'idée d'être une maître professeure. Je possède une discipline singulière, elle ne correspond pas du tout aux cases des disciplines répertoriées, de nos jours, dans toutes les écoles. Ce sont des cartes à jouer, chaque jour, je bats les cartes et je coupe. Le mot "maîtresse" n'est pas ma tasse de thé, ni "enseignante". Je ne garde pas d'enfants, mon enseignement n'a jamais été une récréation, ni un salon de thé, ni un "apéro" après confinement. L'étude est prioritaire, étudier c'est toute sa vie. Souvent, on peut croiser des agités du bocal, qui veulent couper les cheveux en quatre, ils et elles ne pensent qu'à enculer les mouches, à sodomiser un brachycère, ce sont des expressions françaises vulgaires, mais en lisant le livre d'Utamaro, l'artiste japonais et ses myriades d'oiseaux et d'insectes, en lisant les haïkus, il y a des vulgarités, sur les pétales et cela m'a fait réfléchir, il y a des accouplements d'insectes dans ce livre poétique. Ces expressions similaires et vulgaires, veulent dire : se perdre en arguties pour des vétilles, chicaner, se montrer tatillon. Ces excès sont inutiles, et ne parviennent pas à comprendre ce qu'est la création, son épaisseur. C'est un temps, de reconstitution, de vision globale, et d'une certaine hauteur aussi. L’œuvre n'est pas accessible à tous, ni les enseignements artistiques, bienheureusement. La patience et l'humilité, elles, se manifestent présentes, aux études. Je crois même que le plaisir et la générosité ne pré-existent pas, aux études. Rien n'est donné d'emblée. D'ailleurs, rien n'est donné aux imbéciles, à celles et ceux qui forcent et croient tout savoir. Il n'y a que des efforts, un ascétisme rebutant, un vide intérieur à réaliser, rien n'est visible. Il n'y a rien à vendre, et rien à voir, au départ et le long du chemin. Ce qui est montré, n'est qu'une étape, dans les épreuves des études. L'abnégation est heureuse, dans la vocation d'enseigner, et les professeurs n'ont nul besoin de porte-voix, de slogans, et de publicités.

Par kiwaïda at 18:42

26/05/2020

çα ṧℯη⊥ Lε ßøʊ¢

Photographies © Sonia Marques

Par kiwaïda at 20:14

24/05/2020

ℯкṧтαṧїṧ













Photographies © Sonia Marques





Par kiwaïda at 22:41

23/05/2020

ℕÅ✝Ṳℛ∃

Fleur de lotus solitaire au bord de l'étang éternité

Photographies © Sonia Marques

Par kiwaïda at 16:24

19/05/2020

Fℒ€Ṳℝϟ & iℕ$€ℭ†€ϟ

Je découvre, avec parcimonie, les fleurs poussées à l’abri des regards, et leurs insectes, passagers confinés. C'est beau.
De ce qu'elles seules, veulent bien m'offrir, je partage ce que j'ai entraperçu.
C'est à vous, que j'adresse mon point de vue, passagère confinée de ces pages.
De ce que moi seule, je veux bien vous offrir, de ce que vous, seuls, voulez-vous bien entrapercevoir.
Les fleurs, les pages et les insectes, sont nos amis, nos compagnes et compagnons, nos signes des saisons et notre température.
De délicats modèles de tempérance.

Retenus de nous-même, en un seul lieu, contemplatifs et repus, vous êtes mes plus beaux espoirs, en ce printemps téméraire.
Étincelants miroirs de la beauté des solitudes.

Sans vous voir surgir de terre, je ne vous imaginais pas, aussi généreuses et ingénieuses.
Vous avez repris vos droits.

Tapie sous terre, des mois, des années durant, j'ai fait comme vous, à l'abri des regards, j'ai repris mes droits.

Mille mercis, milles fleurs et insectes.

Photographies © Sonia Marques

Par kiwaïda at 21:45

14/03/2020

ґεṧρḯя

Du barouf en moins © Photographie Sonia Marques

Par kiwaïda at 12:57

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